África Oriental vai crescer 4,1% em 2021 e 4,9 % em 2022

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África Oriental vai crescer 4,1% em 2021 e 4,9 % em 2022.

África Oriental vai crescer 4,1% em 2021 e 4,9 % em 2022.

As Perspetivas económicas são positivas para a África Oriental apesar do revés da Covid-19, segundo o relatório do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), consultado por Mercados Africanos.

As economias dos treze países da região: Burundi, Comores, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Quénia, Ruanda, Seicheles, Somália, Sul do Sudão, Sudão, Tanzânia, e Uganda devem crescer 4,1 por cento este ano e prevê-se que atinja, em média 4,9% em 2022.

O relatório divulgado a 28 de outubro 2021, diz que o aumento na percentagem de crescimento nas 13 economias é atribuído à recuperação económica global em curso.

Mas também acrescenta que a rápida recuperação da região está a ser impulsionada pela despesa pública em infraestruturas, melhoria do desempenho do setor agrícola, e uma melhor integração económica regional.

E sublinha que “A África Oriental é a única região do continente que evitou uma recessão em 2020”.

No entanto, o processo lento de vacinações e os riscos de picos de infeções que surgem na região ainda podem prejudicar as perspetivas positivas.

Apesar de ser uma pandemia global, o BAD diz que o Covid-19 teve efeitos diferentes em toda a região.

O relatório, consultado por Mercados Africanos, com o tema “Dinâmica da Dívida na África Oriental: O Caminho para a Recuperação pós-Covid”, observa que os países que dependem muito do turismo, como as Seicheles e a ilha de Zanzibar, foram os mais atingidos. O Quénia e outros países com economias mais diversificadas sentiram impactos menores da pandemia.

De forma geral “a África Oriental está a passar por uma mudança progressiva na composição do PIB, de predominantemente agrícola para serviços. Mas a transição para atividades económicas de maior valor agregado, que indica a transformação estrutural, tem sido lenta”, disse o BAD.

Em 2020, os déficits fiscais da África Oriental tornaram-se ainda maiores, por um lado, como resultado do aumento dos gastos públicos em resposta à Covid-19 e, por outro, devido à queda das receitas domésticas, à medida que os confinamentos nacionais se prolongavam e interrupções nas cadeias de abastecimento globais afetavam as economias da região e consequentemente as exportações caiam durante a pandemia.

Ainda assim, os déficits fiscais foram menores do que em outras regiões do continente, com exceção da África Central e a inflação permaneceu estável e em 10 dos 13 países da região.

De acordo com as conclusões do relatório, as medidas de contenção Covid-19 e as perturbações globais da oferta e da procura atingiram duramente as empresas e os meios de subsistência e aumentaram a pobreza, enquanto a fragilidade política em alguns países e a limitada diversificação económica noutros, foram os impedimentos mais significativos ao crescimento.

O relatório do BAD demonstrou que a pandemia teve impactos mais acentuados sobre os pobres “Covid-19 e choques relacionados à pandemia, aumentaram a pobreza na região, com um aumento de 35% da proporção de pessoas que vivem em extrema pobreza em 2021, ou sejam 134,3 milhões de seres humanos.”

O relatório recomenda que – para acelerar a recuperação e a resiliência pós-Covid-19 – os países intensifiquem a transformação estrutural através da digitalização, industrialização, diversificação económica e consolidação da paz, segurança e estabilidade.

Finalmente para 2023, o relatório prevê uma recuperação total devido ao aumento da distribuição de vacinas, da recuperação da economia global, do aumento dos preços dos produtos básicos e da crescente diversificação económica na região.

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