Uganda arrecadou 630 milhões de dólares na exportação de café.
A região dos grandes lagos na África Central é o berço da planta do café robusta. É aqui que encontramos o Uganda, um dos maiores produtores mundiais desta variedade.
Em África, o mercado de café tem sido historicamente dominado pela Etiópia e pelo Uganda. Se o primeiro país é líder em produção, o segundo detém os melhores números no segmento de exportação.
No Uganda, o setor cafeeiro viveu na época 2020/2021, a sua melhor temporada em 30 anos. De acordo com dados divulgados pela Autoridade de Desenvolvimento do Café do Uganda (UCDA), o país exportou entre outubro de 2020 e setembro de 2021, um volume recorde de 6,49 milhões de sacas de café (1 saca = 60 kg).
Esse patamar, 21% acima do resultado da campanha anterior, gerou receitas de 630 milhões de dólares (+ 23%).
Entre os destaques da temporada, a UCDA realça o embarque em agosto passado (2021) de cerca de 700 mil sacas de café, a maior exportação mensal de sua história, o que permitiu superar o Vietname, tornando-se o Uganda segundo maior fornecedor de café da Itália, com 162.469 sacas, só atrás do Brasil.
De forma mais geral, o Uganda, foi em 2020/2021, o 4º maior exportador de café do mundo, à frente da Indonésia que exportou 6,46 milhões de sacas durante a referida temporada, segundo dados do USDA, mas ainda permanece atrás do grupo da frente formado pelo Brasil, Vietname e Colômbia.
No Uganda, o café é cultivado por 1,7 milhões de famílias e o governo pretende aumentar a produção nacional para 20 milhões de sacas até 2030.
As robustas ugandenses são de ótima qualidade e resultam num café encorpado, rico e completo, segundo os peritos na matéria.
O café tipo Robusta é cultivado na área da floresta de Kampala e no Lago Victoria Crescent e o de tipo arábica é cultivado nas encostas do Monte Elgon.
Recorde-se que o café foi introduzido no Uganda a partir da Etiópia.
Fonte: Mercados Africanos